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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Meu Tempo .....

O meu tempo virou pó e se ergueu no corredor quando a tropa ali cruzou. O meu tempo se encharcou quando as águas vieram fartas nas cheias de São Miguel e Santa Rosa ... O meu tempo se perdeu em rodada de cavalo e ali ficou apertado, mas com cabresto na mão. O meu tempo se entanguiu quando o Agosto e o Minuano cortaram a sua carne, mas por tempo já curtido, em próprio pala se abrigou. O meu tempo, repetido, é tempo gasto em Sóis e Luas, invernias e mormaços. Em meu tempo nem o mango, ou  o laço impôs fronteiras e divisas. O meu tempo é tempo velho e muito sábio por antigo. Por ser bueno é meu abrigo em tempos de solidão e sonoro se acomoda em verso e em canção. Esse tempo já judiado que de há muito tempo é tempo, me encontrou pelo caminho e me fez parar um momento. Vi o tempo que ali vinha e o tempo que atrás estava e percebi que meu presente em tempo antigo se encontrava. Assim segui em frente com meu tempo no costado ... Tempo que virou pó, se encharcou e se entanguiu, rodou, ficou apertado ..... mas de cabresto na mão.
De Araujo