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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Nasceu o "guitarrero" .......

Assim como uma milonga, ponteada em 1ª e 2ª, simples é o que vou postar a seguir. Sencillo, pero verdad. Aí é eu vejo a dificuldade: falar coisas de fundamento sem usar extensas linhas e palavras rebuscadas. Andar sovando dicionário para compor rimas ricas em vocabulário e pobres de sentido. Não vou me alongar ...... nem posso fazer isso. A seguir transcreverei um regalo de um amigo ....... um regalo que me obriga a partilhar-lo pelo tanto que representa. Gracias Pantufa, amigo Rodrigo Menezes.

"Não se conhece o dia que el gaucho domou a guitarra. Sabe-se o dia sim, em que esta se fez atalho de tempo e distancia da querência. Neste dia nasceu ..... nasceu o guitarrero. Mais do que somente um homem, uma extensão desta prenda criolla. Completos são estes homens que num abraço de madeira conseguem expor suas almas em acordes de bordonas e primas."  (Rodrigo Menezes)

domingo, 3 de abril de 2011

Imagens

Acho que já deveria ter escrito o que recém agora me dei por conta. Claro, para mim é familiar a imagem que ilustra o blog. Muito familiar. Tanto que me "olvidei" que aos outros é um lugar desconhecido. Não falar sobre ela é como não lhes apresentar uma pessoa conhecida, alguém de minha família. No alto à direita está o Cerro dos Cardosos ........... o ponto mais alto desse lugar que atende por "Rincão do Forno", 5º Distrito São Diogo, município de Sant'Anna do Livramento. É uma divisa de invernadas. Do lado de lá, invernada de cria, do lado de cá machos de "sobreano" e um lote de ovelhas com  gêmeos. Nessa ocasião eu levava sal para os cochos. Diz meu pai, segundo meu avô: "em época de seca a gente leva o gado com sal e água". Sabedoria do campo, que não consta na grade currícular das faculdades. Nessa invernada da frente talvez eu tenha uma das imagens mais remotas de minha infância. Meu pai montando uma égua picaça com um pala azul, de franjas, e eu "adiante" entre suas pernas e a cabeça do basto. Nas "grotas" que aparecem lá adiante "melei abelha", derrubei casa de Camoatim e "saquei" cabo de relho e "ferrões", tomei água nas vertentes e as vezes que ajudei a parar esse rodeio nem lembro. Mas o tom de nostalgia é só para dar maior relevância a esse lugar. Porque eu ainda tomo água nessas vertentes e ajudo a parar esse rodeio. Ainda levo sal para o gado porque ainda fazem secas. As vacas do lado de lá da cerca já pariram e os sobreanos do lado de cá já foram pra invernada do 12,  de onde deverão sair gordos nesse mês de Maio ........... assim como aqueles que meu avô apartava no rodeio do paraíso para se juntarem com a tropa que vinha do Alegrete. De fato ............ em época de seca a gente leva o gado com sal e água ............ se não fosse assim o Capim - Caninha que se vê nessa invernada não estaria engordando gerações .............. de bois e homens. A imagem está apresentada ........... e iguais a essa existem tantas outras .......... ficam na Pampa por sinal ...........